Como você já deve saber, a pandemia da Covid-19 atingiu em cheio os mais diversos tipos de negócio no Brasil, inclusive as vendas de veículos. Em janeiro de 2021, por exemplo, as vendas financiadas de automóveis novos e usados somaram 450 mil unidades, o que representa uma queda de 15,7% em comparação com o mesmo mês de 2020, de acordo com dados da B3 (Bolsa de valores).

Por outro lado, alguns meses deste ano demonstraram tendência de recuperação. Ou seja, com a inconstância atual do mercado é importante ficar ligado a cada atualização dos números gerais de vendas para aproveitar as oportunidades em sua loja ou concessionária multimarcas!

Para te ajudar, nós separamos alguns dados das vendas de veículos novos e usados no país em 2021. Acompanhe:

 
Situação geral do mercado

As quedas mais expressivas nos números foram encontradas entre os financiamentos de veículos 0 km. No caso de automóveis leves novos, as vendas a crédito de janeiro de 2021 foram 30% menores do que no mesmo mês de 2020. Já as motos novas, na mesma comparação, tiveram redução de 35,5% nos financiamentos.

Isso também pode ser explicado pelos impactos que as fábricas de veículos continuam enfrentando, seja pela queda de demanda no mercado interno ou pela crise no fornecimento de componentes. O resultado desses problemas? Paralisação total ou parcial de 13 das 23 montadoras de automóveis do Brasil, de acordo com as informações divulgadas pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Já em fevereiro, outro levantamento da B3 apontou leve alta no financiamento, com o total de 458 mil veículos novos e usados financiados. O número representa um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período em 2020, quando foram financiados 455 mil automóveis.

Seminovos e usados levam vantagem

Neste levantamento realizado pela B3, os veículos usados foram os responsáveis pela maior parte do total de financiamentos, com 338 mil unidades, representando uma alta de 14,1% em comparação com fevereiro de 2020.

Dados divulgados pela Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) mostram que em março, por exemplo, os usados venderam cinco vezes mais do que os 0 km.

Isso também acontece por conta das opções mais vantajosas ao cliente, já que no primeiro ano fora da concessionária o veículo já fica entre 10% e 15% mais barato, sendo que em muitas oportunidades o estado de conservação é tão bom quanto o de um modelo novo.

Reação surpreendente no mês de março

O mês de março surpreendeu o mercado com uma leve reação, mesmo com o agravamento da pandemia e do desabastecimento de peças que paralisaram as fábricas. 

De acordo com a Fenabrave, o emplacamento de veículos (leves, ônibus e caminhões) cresceu 15,78% em comparação com o ano passado. Já em relação com fevereiro o aumento foi de 13,16%, com o total de 189.405 veículos emplacados.

Quando consideramos as vendas de todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, entre outros) o crescimento fica em 8,26% em comparação com o mês de março de 2020.

Financiamentos por região

Como já era esperado, algumas regiões do Brasil demonstraram melhor desempenho. O Sudeste concentrou a maior parte das transações, com 45,7% dos financiamentos. Em seguida, chegam as regiões Sul (21,6%), Nordeste (16,6%), Centro-Oeste (10,3%) e Norte (5,8%).

Desempenho no segundo trimestre

Em abril, a venda de veículos subiu 219% em relação ao mesmo mês de 2020. No total, foram vendidos 163.902 unidades, considerando carros e comerciais leves. O bom número também pode ser explicado pelo retorno das atividades das montadoras após interromperem ou diminuírem as atividades por conta do agravamento da pandemia.

Já no acumulado de 2021, o primeiro quadrimestre apresentou um crescimento de 14,5% sobre o mesmo período do ano passado. Informações da B3 mostram que as vendas financiadas de veículos novos e usados somaram 467 mil unidades.

O perfil dos consumidores em 2021

Com o aumento dos contágios da Covid-19 e as restrições impostas pelo lockdown, o automóvel particular passou a ser uma compra ainda mais essencial para quem quer se proteger da doença e se livrar do transporte compartilhado.

Uma pesquisa feita pela Webmotors e pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), realizada com 2.103 pessoas, mostrou que 96% dos consumidores entrevistados pretendem comprar ou trocar o automóvel ainda em 2021.

Os principais motivos relatados são porque o carro está velho e pelo costume de trocar de carro (72%). Já para os 4% dos entrevistados que declararam não ter intenção de comprar ou trocar de carro em 2021, as razões foram: situação financeira (48%), reflexo da pandemia (33%), preferência por outras formas de mobilidade (10%), sustentabilidade (7%) e uso de carro de parentes ou amigos (2%).

Ainda de acordo com o levantamento, entre os consumidores que já possuem carro, 81% desejam adquirir um modelo usado. Os 19% restantes planejam comprar um modelo zero quilômetro. Como forma de pagamento, 64% afirmaram que financiariam uma parte, enquanto 27% comprariam à vista.

E aí, gostou de ficar por dentro da situação geral do mercado de vendas de veículos no Brasil em 2021? Para acompanhar mais informações e novidades, fique ligado em nosso blog e siga também as nossas redes sociais!